Data: 13-02-2014
Criterio: B2ab(i,ii,iii,iv)
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Danielli
Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago
Especialista(s): Fatima Regina G. Salimena
Justificativa
Endêmica do estado de Minas Gerais (Salimena et al., 2013), é encontrada nos municípios de Santa Rita do Ibitipoca, Tiradentes e na região da Serra do Outro Preto (Salimena et al., 2009). Não há muitas informações sobre o hábitat da espécie (Atkins, 2005), embora alguns registros de coleta indiquem sua presença em Campo Rupestre, em altitudes de cerca de 1.015 m (CNCFlora, 2013). Durante o processo de ocupação e exploração no período colonial, a cobertura florestal primitiva dessa região de Minas Gerais foi reduzida a remanescentes esparsos (Oliveira-Filho & Machado, 1993), o que configura uma ameaça histórica. Além disso, a espécie ocorre na região do quadrilátero ferrífero, intensamente explorada por atividades mineradoras desde os anos 1930, uma situação que ainda persiste (MMA/ICMBio, 2010). Apresenta AOO de 32 km² e encontra-se sujeita a três situações de ameaça.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Stachytarpheta ajugifolia Schauer;
Família: Verbenaceae
Sinônimos:
Descrita em Prodr. [A. P. de Candolle] 11: 570. 1847 [25 Nov 1847]. Se assemelha a Stachytarpheta mexiae da qual se diferencia por possuir inflorescência mais curta e cálice com sinus na face abaxial (Atkins, 2005).
Endêmica, ocorre no estado de Minas Gerais (Salimena et al., 2013), encontrada nos municípios de Santa Rita do Ibitipoca, Tiradentes e na Serra do Ouro Preto (Salimena et al., 2009).
Arbusto com cerca de 1 m de altura. Folhas sésseis, eretas, oblongas a elípticas, obtusas no ápice, crenadas na margem, cartáceas. Flores com corola azul. A espécie foi coletada três vezes durante o séc. 19, no extremo sul da Cadeia do Espinhaço e em uma localidade na Zona da Mata Mineira. Não existem muitas informações sobre o hábitat da espécie (Atkins, 2005), embora alguns registros de coleta indiquem sua presença em Campo Rupestre (M.F. de Vasconcelos s.n., BHCB 52426).
Existem registros de coleta com flores nos meses de abril, sendo visitada pelo beija-flor-de-gravata-verde, Augastes scutatus (M.F. de Vasconcelos s.n., BHCB 52426), e outubro (M.Sobral 13416).
5.3 Logging & wood harvesting
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Durante o processo de ocupação e exploração no período colonial, nesta região de Minas Gerais, a cobertura florestal primitiva foi reduzida a remanescentes esparsos, sendo que a maioria deles encontra-se bastante perturbada pela retirada seletiva de madeira ou situada em áreas onde a topografia dificulta o acesso (Oliveira-Filho & Machado, 1993).
3.2 Mining & quarrying
Incidência
local
Severidade
very high
Detalhes
A espécie ocorre na região do quadrilátero ferrífero, que por sua vez está inserido dentro da Cadeia do Espinhaço, mundialmente reconhecida como centro de diversidade e endemismo, sobretudo de flora e considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como região de prioridade extremamente alta. A região do quadrilátero ferrífero foi intensamente explorada por atividades mineradoras desde os anos 30, uma situação que ainda persiste (MMA/ICMBio, 2010).
CNCFlora. Stachytarpheta ajugifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Stachytarpheta ajugifolia
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 05/12/2014 - 16:10:03